O rolo do Templo

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É um dos mais extensos de todos os encontrados em Qumran, com 8.146 metros de comprimento. Foi achado na caverna número 11 durante a década de 1950 pelos beduínos, adquirido pelo Estado de Israel em 1967 e publicado em 1977 pelo prestigiado arqueólogo da Universidade Hebraica de Jerusalém e ex-general do exército israelense, Prof. Yigael Yadin. A história da aquisição deste manuscrito é, por si só, emocionante. 

O Rolo do Templo foi guardado em uma caixa de sapatos, embrulhada em celofane e uma toalha, sob o chão da casa de um comerciante de antiguidades de Belém por 10 anos. A parte superior do manuscrito foi danificada porque, ao lavar o chão, a água entrou na caixa de sapatos, corroendo a parte superior do já sensível couro onde estava escrito.

A maneira como foi descoberta na casa desse comerciante de Belém, faz parte da história do Estado de Israel. No início dos anos 60, intensas negociações entre um intermediário e Yigael Yadin pararam, devido à quantidade astronômica de dinheiro que esse intermediário exigia, a tal ponto que o próprio Yadin desistiu. A única coisa que restava em suas mãos era apenas um pequeno fragmento do manuscrito que anos depois lhe serviria muito para identificar o famoso Rolo do Templo.

Durante a Guerra dos Seis Dias, Belém foi conquistada por Israel e Yadin ocupou o cargo de conselheiro do exército. Depois de obter informações confiáveis ​​de que o Rolo do Templo estava na casa do conhecido negociante de antiguidades Kando, Yadin obteve a permissão do governo israelense de confiscar o documento e, ajudado pelo pequeno fragmento em suas mãos, conseguiu reconhecer que o mesmo pertencia a esse extenso manuscrito.

A história da aquisição não termina aqui, pois Kando, que em 1947 vendeu os primeiros manuscritos ao professor Sukenik, pai de Yadin, exigiu que as autoridades israelenses pagassem pelo pergaminho, e o governo israelense aceitou pagar a quantia de US $105.000, não apenas pela reivindicação do comerciante, mas também para incentivar outros traficantes de antiguidades a vender mais manuscritos do Mar Morto.

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